E hoje quando acordei já não tinha mais seu cheiro na minha pele. Nem mensagem de “cheguei bem em casa” ou “dorme bem minha linda”.
Aí o dia já começou com uma ausência, e quando levantei vi que precisava encarar o mundo mesmo com essa dor aqui no peito.
Tive que engolir o choro ao abrir minha carteira e deparar-me com uma foto sua, e logo fui tratando de excluir qualquer lembrança que me remetesse a você. E depois como se nada pudesse piorar, vejo suas declarações a outro alguém.
“Assim ficou aquele gosto amargo do amor não correspondido que é realmente de enlouquecer.”
Eu procurei, puxei assunto, falei de amor, mostrei o amor, mas as palavras que eu esperava ouvir foram para outra. Outra que talvez não tenha feito nem um terço de tudo o que fiz por ti, mas que mesmo assim te encantou.
Só digo cuidado, pois “ela” é novidade, e as novidades muitas vezes passam tão rápido quanto um vento gelado no verão.
Assim ficou aquele gosto amargo do amor não correspondido que é realmente de enlouquecer. E em seguida cada palavra sua de conforto era como um empurrão ou um “saia da minha vida”.
“Mesmo que aperte a saudade, mesmo que você visite meus sonhos, não insisto no que me dói.”
Agora o que se pode fazer?
Nada, nada além de uma vida que segue vida que continua sem você, e sem você literalmente porque eu faço questão de te tirar dos meus dias.
Mesmo que aperte a saudade, mesmo que você visite meus sonhos, não insisto no que me dói. Porque nada dói mais do que perder o amor próprio indo atrás de alguém que não quer fazer parte da sua vida.