Este texto é dedicado à panóplia de indivíduos que existem no mundo que, de momento, são apresentados como sendo algo.
Não fui clara o suficiente? Compreendo as vossas dúvidas mas, passa-se o seguinte, estou saturada de me encontrar numa conversa aleatória em que alguém me diz:
– “Ah sim a Maria…ela está casada há sete anos” ou então: -“Pobre Manuel, com 50 anos e ainda é solteiro”.
“(…) amor é como uma borboleta, por muito que a tentes capturar ela vai sempre fugir (…)”
Ora aqui vai! Para os meus amigos que se encontram solteiros, tenho-vos a dizer que o amor é como uma borboleta, por muito que a tentes capturar ela vai sempre fugir, porém quando menos esperas, ela está ali pousada no arbusto. O amor tem a capacidade de te fazer feliz e todos os trunfos para te ferir, contudo apenas se torna especial quando – tu que estás solteiro – tiveres o objetivo de te entregares apenas a alguém que seja valioso. Aproveita o tempo livre para escolher com sensatez.
Abordando outra variante, os não solteiros, o meu conselho é: amor não é envolver-se numa relação com a pessoa perfeita, aquela que existe nos vossos sonhos. Cresçam, pois não existem príncipes nem princesas. Encarem a pessoa que está do vosso lado tal como ela é, exaltem as suas qualidades e critiquem os defeitos. O amor só é lindo quando encontramos na vida, aquele alguém que nos transforma no melhor que podemos ser.
“Não toquem num coração se o pretenderem partir (…)”
Para aqueles que gostam de fazer os típicos engates na discoteca – ou outro local – nunca digam a palavra ‘amo-te’ se não o sentirem verdadeiramente, nunca falem sobre sentimentos que não existem.
Não toquem num coração se o pretenderem partir, nem olhem directamente nos olhos de alguém, se um dia essa pessoa for chorar por vocês. A coisa mais cruel que um ser humano pode fazer é permitir que alguém se apaixone por si, quando não tem a intenção de fazer o mesmo.
No que diz respeito aos casados, se o amor existir verdadeiramente serás incapaz de dizer ‘a culpa é…’ mas, com toda a certeza, dirás ‘eu perdoo-te’. Compreende o outro, tenta sentir as diferenças e entender o outro lado. A única maneira de medir a compatibilidade, por incrível que pareça, não é pelos anos que passam, mas sim o quanto nesses mesmos anos, vocês foram bons um para o outro.
“(…) ver alguém que vocês amam com outra pessoa e feliz, é mil vezes melhor do que ter alguém infeliz convosco.”
Aos que têm um coração partido, resta-me dizer que a dor de um coração é inevitável numa vida, mas o sofrimento é opcional e lembrem-se que ver alguém que vocês amam com outra pessoa e feliz, é mil vezes melhor do que ter alguém infeliz convosco. Juntamente com os que têm o coração partido, estão os inocentes, isto é, aqueles pelos quais as pessoas se apaixonam sem fazerem nada, não alimentem esperanças mas não sejam críticos. É simples.
Finalmente, aos que têm ou já tiveram medo de terminar uma relação, por vezes é difícil terminar com alguém e isso dói, mas dói muito mais quando alguém termina contigo não é verdade? O amor também dói quando o outro não sabe o que tu sentes, não o enganes mas também não o obrigues a terminar contigo, pois a melhor forma de exigir respeito é respeitando.
“(…) beijar uma pessoa para esquecer outra é tolice (…)”
Concluo dando o meu parecer. Para mim tudo aquilo que é eterno, dura um segundo mas emana intensidade, petrifica-se e nenhuma força o destrói. Um dia vamos descobrir que beijar uma pessoa para esquecer outra é tolice, isso é um escape para pensar ainda mais nela, iremos descobrir que a paixão é inevitável e que as melhores provas de amor são as mais simples – um sorriso apenas – o comum não nos atrai, e aquela pessoa que nunca te liga é a que pensa mais em ti.
A forma de sobrevivência é conformarmo-nos com a falta de algumas coisas na nossa vida e a luta constante para realizar outras.
Quem não compreende um olhar muito menos irá compreender uma longa explicação.