Em um país distante, há alguns meses atrás, uma mulher muito preocupada com a sua saúde, e com o seu corpo procurou o seu ginecologista, pois estava segura de estar grávida.
Marcou uma consulta e no dia a hora marcada foi atendida.
-Senhor Doutor, estou com um problema muito sério e grave, e preciso muito da sua ajuda! Acho que estou grávida… e isso não pode acontecer, não posso voltar a destruir o meu corpo e a minha imagem.
O seu médico ouviu-a e depois logo a examinou, e mais tarde confirmou as dúvidas da sua paciente.
-Sim é verdade, a senhora está grávida de três semanas.
A senhora muito preocupada logo disse:
-Isto não pode acontecer, o senhor tem de me ajudar. Como sabe e pode ver eu já tenho este filho que tem apenas um ano e não posso estar de novo grávida, não posso e não quero ter outro filho.
Então o médico disse:
-Em que deseja exactamente que a ajude?
A mulher muito decidida logo respondeu:
-Quero fazer um aborto!
Pensativo por alguns instantes, o médico disse:
-Tive uma ideia que me parece melhor e menos arriscada.
A senhora sorriu satisfeita.
E o médico continuou:
-Veja bem, para que não tenha que tomar conta de dois bebés, vamos matar esse que está nos seus braços. Assim a senhora poderá descansar e não se vai preocupar com mais nada até que o outro nasça. Já que propõem matar um dos seus filhos, não importa qual deles é, não é assim? E além disso a sua vida e a sua saúde não correm qualquer risco com perigosos procedimentos cirúrgicos, se escolher este procedimento para o efeito.
A mulher ficou horrorizada com as palavras do médico e disse-lhe:
-Que monstruosidade está a propor-me, senhor doutor! Matar uma criança é crime! O senhor já devia saber muito bem disso.
O médico logo respondeu:
-Sim, eu sei. Mas pense um pouco… O que proponho não é um problema para si. Estou apenas a sugerir que troque o filho que vai ser morto.
Pelo semblante da mulher, o médico logo viu que tinha conseguido passar a sua lição, e assim a convenceu que não havia diferença moral entre matar uma criança que está nos braços de uma mãe ou a que está no seu ventre.
A diferença é apenas aparente, mas o crime é o mesmo!
E desta forma, pé ante pé, aquela mãe retirou-se do gabinete médico, pensativa assumiu a sua gravidez, concluindo que não podia matar o seu bebé mesmo que ele só tivesse algumas semanas só por capricho, egoísmo e vaidade, pois na verdade estaria a matar uma criança, um ser indefeso que não tinha culpa de nada, e estaria a praticar um uma monstruosidade, pois matar é tão grave como impedir que alguém nasça, tirar a sua única oportunidade de ser gente, de ser um ser humano com sentimentos e emoções. Ela colocou-se no lugar do seu feto, e tomou consciência que as pessoas que são a favor do aborto já nasceram, e que talvez não teriam o mesmo pensamento se ainda fossem um feto.
Imagem de capa: Alena Ozerova, Shutterstock