Tu, em quem confiei, a quem contei muito do que era importante para mim, a quem me dei, nas palavras e nas emoções.
Eu era uma miúda – mais uma, pelos vistos – mas tu para mim eras mais. Eras um homem, que falava comigo, que se importava, que mandava mensagem de manhã, com um tão (mais que isso) simples ‘bom dia’. Tu, cujo nome eu mudei no telemóvel, para que ninguém percebesse que eras… Porque te queria só para mim. Tu, que tinhas alguém em casa…
Eu nunca pensei ficar contigo. Não, isso não, tinha essa noção. Mas queria tanto aproveitar-te… E pedi-te tantas vezes, tantas, para seres sincero e verdadeiro -porque acho que, no fundo, sabia- e acreditava em ti quando me dizias, de sorriso na cara e olhos rasgados, que, claro que estavas sozinho…
Não estavas, e quando o soube, (não por ti…) doeu-me tanto…!
Não eras meu, longe disso, mas custou-me demais…
Agora, já lá vai. Já passou, mesmo. Falamos, e continuo a gostar de falar contigo.
Mas precisava que soubesses isto: tu foste importante para mim.