O swing, troca sexual entre casais, tem ganho muitos adeptos nos últimos anos em Portugal. Só na zona da Grande Lisboa há cerca de 5 mil casais inscritos em clubes privados.
Um estudo recente da Universidade Portucalense vem agora concluir que estas «trocas de casais» de cariz sexual, ou «traições consentidas», afinal, fortalecem o casamento: os casais swingers são mais felizes na relação, estão mais satisfeitos sexualmente e têm mais intimidade física e psicológica do que os casais com exclusividade afetiva.
Mas continua a ser um comportamento difícil de entender para a maioria.
Segundo um artigo publicado no Notícias Magazine, existem 25 clubes ativos em Portugal. A maior comunidade online swinger em Portugal é o SwPt, com cerca de cinco mil membros ativos: a grande maioria (92%) são casais heterossexuais, mas também casais do mesmo sexo, singles, transexuais e crossdressers (ou travestis), o que significa que esta rede social agrega quase dez mil pessoas.
E há mais 17 mil candidatos em processo de validação, de acordo com os responsáveis pelo site. Cerca de metade dos inscritos residem na zona de Lisboa e situam-se na faixa etária entre os 30 e os 40 anos.
Os estudos internacionais apontam para um perfil socioeconómico acima da média, embora com tendência para a democratização. Desde que foi fundado, em 2009, o SwPt conta com cerca de 59 mil registos.
Embora continue a ser assumido por uma minoria face à monogamia dominante, o swing apresenta-se hoje como um universo cada vez mais vasto e heterogêneo, abrangendo um leque diversificado de práticas, com códigos e regras próprias.
Apesar dos 25 clubes a funcionar em Portugal, principalmente na região de Lisboa que conta com dez clubes e do Porto, com seis, o acesso a estes espaços é restrito.
Habitualmente as páginas na internet não disponibilizam a morada. É preciso contactar o clube para figurar na guest list ou ser convidado por clientes regulares.
Alguns só permitem a entrada a casais e os mais rigorosos exigem identificação à entrada. Os singles femininos são permitidos em alguns espaços, principalmente se forem acompanhar um casal, mas os masculinos nem sempre são bem-vindos.
E estão sujeitos a regras: não podem contactar diretamente os casais, devem aguardar que o convite lhes seja dirigido.
Numa casa de swing quase tudo é permitido. Estes espaços foram concebidos a pensar na total desinibição, onde a sedução é a palavra de ordem. A dimensão do espaço pode variar, sendo que uns têm espaços desenhados para dezenas de pessoas, enquanto outros chegam às centenas, mas todos eles têm duas áreas distintas, a social e a privada.
A zona social geralmente inclui um bar, uma pista de dança, uma área lounge e, em muitos casos, um varão para striptease de profissionais ou de clientes. Normalmente é na zona social que os casais se conhecem e dão o primeiro passo.
A área social funciona como preliminar para a ação que se desenvolve na zona privada. O acesso é livre e todos podem participar ou observar, desde que cumpram os códigos de comportamento.
O voyeurismo é intrínseco ao swing. Ver e ser visto eleva o nível de excitação. Nas zonas privadas, há quartos sem porta, com grades ou cortinas que sugerem mais do que ocultam.
Se a porta estiver fechada ninguém entra. Caso esteja entreaberta, há disponibilidade para mais participantes, mas a etiqueta swing dita que quem quer entrar deve esperar um sinal antes de avançar.
Talvez a regra mais importante, depois do total consentimento de todas as pessoas envolvidas, é deixar os telemóveis e as máquinas fotográficas em casa.
No universo swing as pessoas prezam a sua intimidade, por isso é extremamente proibido registar imagens. A outra regra de outro é o “não” que deverá ser sempre respeitado.
Apesar de quase tudo ser permitido, existem regras essenciais que nunca deverão ser esquecidas para que possa tirar o maior proveito desta experiência.
Por isso, caso vá a uma festa de swing, recorde-se:
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