É, queres saber? Parece que é isso mesmo, ou melhor, não parece, agora é. Estou indo, de malas feitas e tudo, não que eu vá mudar de cidade, nem fazer uma longa ou curta viagem, as malas das quais falo são as dores que algumas pessoas trouxeram. Coloquei todas numa bolsa velha e estou levando tudo para o lixão mais próximo, porque é isso que merecem: o lixo.
Mentiras cheiram tão mal quanto o lixo, não que eu sinta raiva, mas uma hora cansa e já perdi mais do que uma noite de sono por causa dessas pessoas que não merecem isso de mim, quase atravessei o mundo a pé só para oferecer colo, quase que esqueci o que era amor próprio.
“Mas o que eu deveria ter feito há muito tempo era passar mais tempo comigo e não com os outros(…)”
O problema é que eu tentei levantar pessoas que preferiram afundar-se a cada segundo um pouco mais, e tentaram me levar junto com elas; estendi a mão e cuidei dos outros como se estivesse cuidando de mim. Mas o que eu deveria ter feito há muito tempo era passar mais tempo comigo e não com os outros, esses outros que não me merecem, que são como um aspirador de pó, mas ao invés de sugar poeira sugam a minha vontade de ajudar. Mas agora não, eu cansei, e apesar das palavras poderem ser um pouco duras, eu repito isso em voz alta na tentativa de me auto convencer de que não, desta vez eu não vou me esquecer.
Não vou me esquecer que preciso deixar de lutar por pessoas que não querem ser salvas. Não vou me esquecer que preciso deixar de correr atrás dos que me fazem mal. Às vezes nós somos mesmos ignorantes, sabes? Tentamos, lutamos, mesmo estando escancarado na nossa cara “Sai daí! Essa pessoa não vale a pena”. Não, eu não sei como vai ser daqui para a frente, mas estou a dizer adeus, estou a atirar para bem longe as coisas que doem demais, as coisas que pesam.
“E finalmente estou a perceber que só me merece quem não estranhe este meu jeito de ser, porque o nome disso é amor próprio.”
Para mim já chega, porque eu não posso esquecer do meu amor próprio. Já chega porque algum dia tinha que chegar ao limite. A minha mãe já dizia para eu não dar a mão, porque iriam querer o meu braço, mas quando percebi já me tinham tomado o corpo inteiro. Então desta vez eu respiro fundo e posso dizer que estou a despedir-me das pessoas que não prestam. Vou refazer-me e autoconhecer-me, e nesse caminho eu espero conhecer pessoas inteiras, porque finalmente eu estou a descobrir quem eu realmente mereço e quem realmente me merece. E finalmente estou a perceber que só me merece quem não estranhe este meu jeito de ser, porque o nome disso é amor próprio.
Por: Autor desconhecido
Imagem de capa: Nadya Korobkova, Shutterstock
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