A doença de Alzheimar é das mais temidas por todo o Mundo, já que, entre outras coisas, afecta a nossa memória, fazendo que com deixemos de reconhecer até as pessoas mais chegadas a nós, locais que frequentemos com regularidade, hábitos diários, etc.

Infelizmente, afecta 50 milhões de pessoas pelo Mundo e é por esse mesmo motivo que é uma das doenças que mais interesse gera no mundo da ciência, havendo cada vez mais cientistas interessados em tentar descobrir uma cura para a mesma.

Para quem não sabe, a doença de Alzheimer resulta de uma acumulação de dois tipos de lesões – placas amilóides e emaranhados neurofibrilares.

  • As placas amilóides ficam entre os neurônios e criam aglomerados densos de moléculas de beta-amilóide.
  • Os emaranhados neurofibrilares são encontrados no interior dos neurónios do cérebro, e são causados por proteínas Tau defeituosas que se aglomeram numa massa espessa e insolúvel.

Recentemente, uma equipa do Instituto do Cérebro de Queensland, da Universidade de Queensland desenvolveu um novo tratamento que promete restaurar a função de memória perdida com a doença. Publicado no Science Translational Medicine, os cientistas explicam que a técnica funciona com a utilização de um determinado tipo de ultra-som chamado de ultra-som de foco terapêutico, que envia feixes de ondas sonoras para o tecido cerebral de forma não invasiva.

Devido ao facto de oscilarem de forma super-rápida, estas ondas sonoras são capazes de abrir suavemente a barreira hemato-encefálica (uma camada que protege o cérebro contra bactérias) e estimular as células microgliais do cérebro a moverem-se. As células da microglila são basicamente resíduos de remoção de células, sendo capazes de limpar os aglomerados de beta-amilóide tóxicos.

Basicamente, tirando toda a parte técnica, este tratamento “limpa” as lesões no cérebro e restaura a capacidade de memória deste.

Fantástico, não achas?