Tu conheces alguém que te faz sentir aquele friozinho na barriga, alguém que, com o toque, te faz estremecer? É comum vermos bocas que nos atraiam, sorrisos que nos desmontam e olhares que nos encantam. É comum nos atrairmos pelo perfume bom que fica em nós depois do abraço.
Mas é difícil encontrar aquela conexão mental que nos deixa maravilhados. Aquela conversa boa de que tu não queres te despedir. Alguém que te faz querer abrir o teu coração. Aquela conversa boa que permite que tu sejas simplesmente tu. É raro encontrar alguém com quem a gente pode falar sem medo da reprovação e que ri da nossa risada de porquinho.
Como é bom e raro ter alguém que ache os nossos planos incríveis, enquanto muitos veem como idiotice. É raro ver alguém interessado em nos ouvir e não apenas em nos beijar, quem queira realmente nos conhecer do avesso e não com beijos calorosos que dão sinal para outra coisa. É raro alguém que queira conhecer a nossa alma, o nosso caráter, e que veja o nosso coração e não apenas o nosso corpo.
É raro quem olha para a nossa alma e queira escutar as nossas histórias.
É comum quem chega e arrepia com um beijo ao pé do ouvido, difícil é quem vem e nos arrepia com uma conversa boa, daquelas que tu não te cansas, daquelas que dispensa o beijo e aguça o desejo de conhecer mais sobre esse alguém. É fácil quem chega e faz com que nos apaixonemos pelo jeito que nos olha, difícil é quem chega e quer olhar para a nossa alma e para a nossa história.
Num mundo de tantos disfarces e coisas passageiras, é raro quem “perde” o seu tempo com uma conversa boa e, mais ainda, quem nos faz “perder” tempo com ideias interessantes, sonhos cativantes. É raro pessoas que no fazem querer sempre mais e mais e que entendam as nossas dores. Atrações físicas são comuns, mas conexões mentais, gente que acolhe o nosso sofrimento e que sempre vê algo por detrás do nosso sorriso, não é só raro como também bonito.
Sim, atração física é importante, mas não é tudo e está longe de sustentar uma conversa.
Está longe de ser amor ou de nos fazer ter confiança nesse alguém. Porque bom mesmo é podermos ser nós mesmos e termos alguém que desperte aquela vontade de sermos sempre melhores. Difícil é quem não olha apenas para as curvas, mas contempla o nosso sorriso, a nossa inteligência e se interesse pelos nossos sonhos. Alguém que se interesse pela nossa vida e que queira escutar sobre o nosso dia a dia.
Como é empolgante conhecer alguém assim, cuja conversa flui, as ideias coincidem e, mesmo que haja discordância, o outro sabe como respeitar as diferenças, sem tentar impor, sem tentar convencer. E então esse alguém se torna cada vez mais interessante, não pelo beijo, pelo toque ou pelo perfume, mas pela conversa, pela forma como se interessa em nos conhecer realmente.
Por: Thamilly Rozendo