Um dia li em algum lado, que se a vida é o que fazemos desde que acordamos até nos deitarmos, então temos de fazer com que valha a pena.
Sinto a tua falta, quando as pessoas partem não se limitam a ir embora, levam um bocado de nós também. Quero ver-te, quero sempre e não quero pouco. Quero ver-te nos momentos em que mesmo antes de caires no sono a tua respiração se torna lenta e os teus suspiros passam a sussurros. Quero ver-te a acordar ao meu lado a acariciar a minha cara e a fazer amor com o maior cuidado, meio com sono mas entregue ao desejo de quem acorda sereno por ter o amor ao lado.
Dizer que te escolhi como homem da minha vida é desvalorizar o que o destino me trouxe.
Trouxe-te até mim no meio da praia, no meio de feitios totalmente opostos, visões de vida que se foram encaixando com os anos. No meio de birras de adolescência ridículas que me levaram a crescer ao teu lado.
Nunca te prometi que iria ser perfeita, isso nunca me poderia ser cobrado. Mas, o meu coração, prometeu a cada beijo amar-te em cada segundo que eu conseguisse respirar. E isso eu fiz.
Amei-te cada erro, cada vitória juntos ou separados.
Amei-te quando as lágrimas me caiam pelo rosto de arrependimento por muitos momentos, amei-te em todas lágrimas que consegui chorar e em todas as que o meu corpo já não suportava deixar cair.
O coração chora, aprendi isso contigo, aprendi isso a cada vez que desististe de mim, e até nesse momento ele te estava a amar.
Amei-te com coragem, com coragem de quem ouve um não e encontra paz na espera. Amei-te nunca desde o primeiro dia, mas apaixonei-me em cada abraço que me transformava em formiga. Quero só dizer-te que que foste o amor da minha vida e que as memórias são a maior tortura de quem fica quando alguém parte. O teu amor fez-me resistente.
Imagem de capa: Dragan Grkic, Shutterstock