Senti um arrepio… um arrepio de solidão… Sinto-me só, tão só, mesmo com tanta gente à minha volta.
Tem dias assim, que por mais que não queiramos a nossa alma parece sentir-se vazia e o nosso coração tão frio.
Podemos até ter em nosso redor gente que nos ame e que cuide de nós mas às vezes, por algum motivo, sentimo-nos sozinhos.
Arrepio-me de novo, arrepia-se-me a espinha, arrepio-me mais uma vez só de ficar a lembrar a solidão que me embaraça e me prende tanto e tão fortemente.
E já não é a primeira vez. Já não é a primeira vez que sou cobaia dessa sensação tão estranha. Tão estranha que por vezes chega quase a parecer-me familiar.
Porquê? Bem que me pergunto, bem que investigo, mas não encontro respostas ou soluções para tal mistério.
Não sei mais se isto dói, se me faz sofrer, se me faz mal. Chego a pensar que já apenas se tornou em uma fase, incomodativa de facto, mas apenas uma fase, que vai e volta, consoante a maré.
Quase já me acomodei com tal sentimento.
Não é que queira nem muito menos que goste, apenas deixei de combater contra essa solidão que se faz sentir, pois no final de contas apercebi-me que mais me desgastava a lutar contra isto, e ainda por cima não saía nunca vencedora, do que simplesmente deixar esta fase passar.
E chego a pensar que é essa a solução, é tentar ignorar essa sensação de solidão e deixar a fase passar, porque tudo passa.
Acho que a solidão não gosta de gente que a ignora e que tende a abandonar os corpos desses mesmos.
Acho que sim, acho que encontrei a solução.