Só o amor que não entendemos nos acompanha. Senão teria uma – e só uma – definição.
É por isso que escrevemos tanto sobre o amor, por não sabermos o que é, por hoje ser uma coisa e amanhã ser outra, aqui e ali, em vários lugares, de várias formas.
O mesmo amor que um dia nos abraça é o mesmo que nos f0de.
Algumas pessoas dirão que não; que o amor, se for verdadeiro, não nos f0de. Pois não: f0de-nos a fé, e as esperanças e as expectativas.
Se acabar, nunca existiu – outros dirão.
O que é o amor, quando o damos como certo? O que é o amor quando não é conquistado todos os dias? Já que falamos disso: O que é realmente o amor?
Prefiro a ignorância. A verdade faz-nos mal à mente. Precisamos de um pouco de ilusão – incerteza – para que o amor ganhe sentido. É por isso que existem as promessas, não pelo que nos garantem, mas pela maneira que nos iludem, para que possamos amar só mais um dia.
Amo-te, com toda a certeza do meu ser, e com todas as incertezas do amanhã.
E se acabar, não se esqueçam: foi amor, um dia.
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