Eles vêm primeiro. Nossos filhos são nossa prioridade e o primeiro pensamento de nossas manhãs. No entanto, nem sempre é possível dedicar-lhes todo o tempo que gostaríamos, portanto, é necessário procurar momentos, dizer “hoje tudo pode esperar.
Nosso cérebro é governado por mecanismos sociais e, portanto, dará um significado maior àqueles momentos de nossa infância onde sentimos a proximidade das pessoas amadas, que nos mostraram de uma maneira ativa e sincera que nós fomos amados, que nós éramos importantes. Mais tarde, e à medida que se atinge a idade adulta, você pode, sem dúvida, valorizar aqueles pequenos momentos de solidão e cumplicidade consigo mesmo.
No entanto, quando você é criança, isso nunca acontece, porque o que há é uma necessidade natural de “compartilhamento de tempo”, de ter mãe por perto, pai ao lado. Uma proximidade tão necessária quanto comer.
Meus filhos são minha prioridade, mas eu não me negligencio como pessoa, como casal…
Nossos filhos são os primeiros da lista, a bandeira de nossas vidas, o botão que une todos os nossos sonhos e esperanças. No entanto, devemos lembrar que nenhuma prioridade pode ser cuidada se nós não aprendermos a priorizar a nós mesmos.
Investir no seu próprio crescimento pessoal, na sua autoestima e bem-estar psicológico não é negligenciar seus filhos: é cuidar de si mesmo para cuidar deles muito melhor.
Assim, é vital que você não perca sua cumplicidade, que cultive um senso de humor, que tenha momentos para olhar em seus olhos e continuar sonhando, para continuar crescendo como pessoas em um projeto comum. Seus filhos vêm em primeiro lugar, não há dúvida, mas o seu bem-estar psicológico e satisfação emocional confere equilíbrio e segurança às próprias crianças.
Nossos filhos precisam de atenção sem pressa.
Há um aspecto que nunca podemos negligenciar: as crianças entendem, percebem e intuem muito mais coisas do que podem comunicar. Assim, um dos detalhes que não escapam a um olhar infantil são a qualidade e a autenticidade do cuidado recebido.
Para entender melhor, podemos dar um exemplo. Marcos tem 4 anos e hoje está muito feliz porque sua mãe decidiu levá-lo ao parque depois da escola. Ela quase nunca faz isso, porque mamãe trabalha muito, porque depois da escola a pessoa que leva Marcos é sempre o avô e dificilmente é a pessoa que ele mais ama: sua mãe.
Aquela tarde será muito especial, pensa Marcos. Eles vão se divertir muito. No entanto, quando sobe até o topo do escorregador para ela ver, descobre a mãe olhando para o telefone. Toda vez que ele se dirige a ela, sua mãe mal presta atenção a ele e se limita a dizer “claro Marcos, muito bom Marcos”.
Nosso protagonista chega muito triste em casa, tanto que dificilmente consegue explicar o que acontece com ele. Ele não se sentiu acompanhado, assistido, valorizado ou amado.
Nossos filhos precisam perceber uma verdadeira dedicação. Não importa quantos anos tenham, até mesmo um bebê detectará se o vínculo com os pais é autêntico, e perceberá com base na atenção recebida, na proximidade, no conforto, na aparência, no tom das vozes.
“Todos os dias vou procurar um pouco de tempo só para meu filho.”
Na verdade, o que seus filhos vão lembrar amanhã é se no meio daquela confusão e de suas infinitas obrigações, você se lembrou deles e deu a eles um tempinho que tinha gosto de mágica, de beijos secretos, de promessas que foram cumpridas, para carícias do tipo “como eu poderia ter um filho tão bonito”.
Dedique pequenas peças diárias de harmonia, memórias que serão evocadas amanhã com um sorriso, com uma batida de coração que emociona. Faça-os ver em todos os momentos que eles são a sua prioridade.
Texto de: Eres Mamá
Imagem de destaque: Reprodução