Siga em frente. Mesmo que doa, mesmo que às vezes fique difícil de entender o desinteresse de alguém por você. Você tem uma escolha nas mãos e ela implica em se admirar, em se amar acima de todos os desencontros. Não procure quem não tem disposição para o amor.
O mundo está cheio de gente que diz entender do amor, mas são poucos os que sabem da cumplicidade que ele contempla. Quem fica enrolando os sentimentos da outra pessoa com a desculpa de testar uma real vontade, esse tipo nem é gente. Pelo menos não como eu e você. Porque nós nos entregamos se for necessário, mas, elas, elas não estão nem aí. Elas não querem nem saber dos prejuízos e cicatrizes que ficaram no coração daqueles que transbordaram sinceridade e tiveram desdém em troca.
O amor é muito mais amor quando flui com disposição.
Só vale o pacote completo, sabe? Não adianta alguém chegar falando manso, dando corda para ternuras e pegadas para, depois de satisfeito, apontar um até logo ou o clássico foi muito bom te conhecer. Talvez seja pedir demais dessa geração líquida em que vivemos. Mas será que custa tanto assim um mínimo de cuidado? Para saber do terreno onde pisa, para não sair bagunçando tudo e deixando os nossos inteiros de pernas para o ar.
Quem sabe seja por essas e outras que o único mantra que sobrevive é o do amor próprio. Porque dele fica menos descomplicado pra gente entender e valorizar. Quem não tem o menor carinho consigo, nunca estará em condições de proporcionar amor para uma outra pessoa.
Então, não procure quem nunca refletiu sobre isso.
Não mande mensagens, sinais de fumaça ou pistas sobre como conquistar essa liberdade que a gente demora um tempo para aprender. O amor custa zero reais, verdade. Mas, nesse caso, o papel de trouxa custa caro.