Nós precisamos de aprender a perder alguém tanto quanto devemos aprender a manter alguém na nossa vida, porque a decisão de partir nem sempre é nossa. A maioria das pessoas vai simplesmente passar pela gente, e nem todas vão ficar.
Só nos devemos importar com aqueles que decidem ficar, independentemente do quanto seja difícil.
Eu não sabia disso, agora eu sei.
Já me afastei de pessoas que eu amava, e sei que era amor porque a distância não diminuiu o sentimento. Mas eu tive que me escolher a mim mesma, porque pior do que a ausência de alguém é a insistência em algo sem reciprocidade.
Enquanto eu continuava a pensar em como nós poderíamos estar hoje, a pensar se essa pessoa sentia a minha falta como eu sentia a dela, se ela se imaginava nos melhores e piores momentos comigo ao lado ou se ela se lamentava, ainda que baixinho e a dizer para si mesmo, por ter me perdido… A minha vida estava a passar e a dela estava a seguir em frente sem mim.
Nunca senti uma sensação tão incómoda em toda a minha vida quanto a saudade. A sério. É um aperto no peito tão forte, uma vontade desesperada de sair a correr, fugir daquilo, fugir daquela pessoa ou de nós próprios e das consequências que nós não queremos suportar. Ninguém está à espera que tu te recuperes, que enterres o passado e sacudas a poeira de memórias já gastas.
Ninguém te vai lembrar do tempo que tu perdes enquanto aguardas o melhor momento para superar. Tu tens que começar de algum lugar, tirar forças de dentro de ti. E, sobretudo, entender que às vezes terminar algo não é um fardo, e sim, uma benção.
Tu poderias estar com aquela pessoa, sim.
Acontece que tu mereces muito mais do que ela te tinha para oferecer. Guarda a saudade no bolso e estampa o sorriso no rosto. O amor não é como a maioria dos outros sentimentos. Tem o lado ruim, aquele que doí, e tu nunca mais vais ser a mesma pessoa. Eu não sabia disso, mas agora eu sei.
Por: Samantha Silvany