Não fique se machucando. Ao ser atacada(o) por você mesmo, surge uma tendência de buscar uma satisfação momentânea, contraprodutiva e de autossabotagem. E isso pode se tornar um vício. O vício nasce da necessidade de buscar um prazer que não te preenche, te compensando por uma dor ou frustração, preenchendo essa carência com fatores externos. E essa técnica – muito negativa – de escape, pode entrar num looping, ou seja um círculo vicioso com o qual a pessoa se acostuma, seja por comida, drogas, sexo, reclamar o tempo todo – o que for. Também autodescartando-se, o que pode começar com palavras e pensamentos ruins sobre si mesmo, sendo duro demais com seus defeitos. e falhas. E defeitos falhas, todos nós temos. E isso afeta até a estrutura do cérebro, que se acostuma com a rotina de metaforicamente mutilar a si própria(o), e acaba te condicionando à esse tipo de emoção e comportamento negativos. Você repete tanto um gesto, que o cérebro começa a trabalhar por isso, e te lembra: “Ei, você não pode gostar de você, esqueceu? Você não é capaz…”, e por aí vai.
Para sair dessa, emocionalmente, só há um caminho, o da viagem interior. Espiritualmente, o rumo é heroicamente para o alto e avante, em conexão com o céu, buscando o Divino para dar fim a isso. Dê um primeiro passo:
- Perdoe-se, alimentando sua alma com aquilo que ela realmente quer.
- Perdoe-se, insisto. E pratique autoamor. Aliás, comece agora.
- Repita agora mesmo: Eu me amo!
Vício é um terrível peso na vida. Como que isso acontece? O que leva ao vício? Qual sua base? Aqui vamos fazer uma abordagem simples do tema, examinando a raiz da questão, comum a todos. Queremos prazer. Isso é natural. Mas aí a coisa da tilt. Uma atividade, ou um tipo de droga, dá ao cérebro aquela dose de dopamina imediata, e o cérebro pede mais. Você dá mais, o cérebro gosta, e pede mais. Repete isso x vezes e pronto: vício.
Vício nada mais é que um loop do cérebro. Ele quer prazer e você fornece uma forma de dar prazer. Ele então exige mais e mais, de forma cada vez mais insistente. O mundo se reduz. A vida se reduz. O foco ficou simples: obter aquela experiência novamente.
Existe uma diferença entre prazer e felicidade. Esta é uma questão essencial para superar ou evitar o vício. Precisamos buscar a felicidade, não o prazer. Em termos químicos, queremos serotonina, não dopamina.
O prazer desaparece imediatamente ao final da experiencia. Se você parar para pensar, é realmente impressionante o pouco que o “prazer dos sentidos” lhe oferece em termos de bem-estar. Você vê o filme mais incrível, e ainda saindo do cinema, já bate passou o prazer. Você tem uma refeição incrível, e segundos depois da última engolida, só resta o desafio da digestão. Sexo, pornografia, compras, drogas… no instante que terminou, nada lhe resta. A sensação não carrega, não preenche. Fica o vazio. Por isso o vício. Você precisa repetir a dose. Fazer de novo. Por que não ficou nada. Não sobrou bem-estar. A felicidade é diferente. Eu falo muito sobre a importância de duas coisas: dharma e bhakti, que traduzido, significa dever e devoção.
Quando você cumpre seu dever, seu dharma, faz bem-feito, o bem-estar é profundo. É felicidade. Se você trabalha bem, você sente a felicidade de estar cumprindo seu dever, sentindo a conexão. Se você realiza sua vocação, você termina todos os dias feliz por estar vivendo seu propósito. A felicidade dura. Carrega você, inclusive, pelos momentos de dor e dos desafios.
Devoção, bhakti, também tem este efeito, num nível ainda mais profundo. Krishna fala na Bhagavad-gita da “felicidade ilimitada” do yogi. Não tem limite. É o amor vibrando. Quanto mais amor, mais felicidade. Não algo que passa e desaparece de um segundo para o outro como o prazer, mas algo que permanece, que ilumina sua vida.
Deixe o prazer aparecer. Ele vem naturalmente. Uma flor, um céu bonito, um encontro, uma bela refeição, um bom filme… acontece. Maravilha. Mas isso não é a vida. A vida é dharma e bhakti. A vida é você estar no aqui e agora, vivendo seu propósito. Isso sim lhe dará felicidade. Isso preenche.
Superar o vício necessita esta mudança de paradigma, que é a base de todo o Caminho 3T, do yoga: mudar o foco de fora para dentro. Entender que a felicidade se dá de dentro para fora, não de fora para dentro. Isso implica em abandonar a ilusão que vai ser feliz com qualquer experiência sensorial, seja sexo, droga ou seja lá o que. Não funciona. Você sabe que não funciona. Porque não dura. Acaba. Mas viver seu propósito dura. Estar no aqui e agora sempre traz felicidade. Devoção é amor e amor sempre deixa a vida perfeita.
Se está com o cérebro com sua fiação toda torta por causa de vício, exigindo loucamente a repetição daquela droga, daquela experiência sexual ou pornográfica, daquele jogo, você precisa buscar uma solução em dois campos.
O primeiro campo é o prático, fisiológico: você precisa buscar ajuda terapêutica. Processos testados e conhecidos para ajudar a quebrar o vício. Grupos de apoio, hipnose, acupuntura, técnicas alternativas como Barras de Access, EFT, Theta Healing, e, acima de tudo, enormes doses de auto-perdão e amor próprio!
O segundo campo é existencial: mudança de paradigma. Você precisa gradualmente corrigir o erro na raiz, alimentando sua alma com aquilo que ela realmente quer: dharma e bhakti.
No livro “O Caminho 3T” (www.3T.org.br) aprenderá, passo a passo, o caminho para uma vida de grandes realizações e crescente felicidade em dharma e bhakti, com você no comando, forte para determinar e escolher seu rumo.
O autoamor não têm nada a ver com egoísmo. Eu entendo que às vezes uma pessoa pode se acostumar com o pensamento de que não merece nada. Isso não poderia ser mais falso. Faça um exercício. Fique em silêncio todos os dias por um tempo. E pergunte à sua alma: “O que é que a minha alma quer de mim?”
Tire muitos dias de folga do rancor, pare com essa birra de não querer se amar livremente e comece a dar abraços grátis, em você mesma.
É necessário ser valente, para ser feliz.
Veja aqui meu vídeo sobre este tema e pratique o #mantradoDIA: Eu Me AMO!
Por: Giridhari Das