Passaram dois anos e ainda hoje ele mexe comigo de uma forma que eu não consigo explicar… O mais provável é continuar a mexer comigo, e com os meus sentimentos, durante muito e muito tempo, talvez o resto da minha vida, talvez esteja sempre ligado a ele.
A verdade é que mesmo passado tanto tempo ainda aguardo a mensagem dele a pedir-me desculpa, a dizer que errou e que deixou escapar a mulher da sua vida. Embora saiba que esse momento nunca vai chegar, no meu interior ainda há uma esperança, dizem que esta é a última a morrer.
Tenho que admitir que quando vejo o sinal de uma nova mensagem no meu telemóvel já não quero que seja ele, já não espero que seja ele, já nem me lembro que possa ser ele, certamente ficaria surpreendida se visse lá o seu nome.
Nem sei o que faria, talvez não respondesse.
Fui eu que me afastei dele, não era essa a minha vontade na altura, mas queria que ele me procurasse, que sentisse a minha falta… Afastei-me! Não me procurou, não quis saber como é que eu estava e foi o que bastou para ditar o nosso fim.
Ainda sinto aquela curiosidade de ir ver o que ele posta nas redes sociais, as vezes até acabo por cair na tentação e vou espreitar as suas novidades. A curiosidade ganha sempre, por mais voltas que dê, por mais tempo que passe a minha curiosidade existe sempre.
Deparo-me com várias fotografias dele sozinho ou com amigos, dos jantares a que foi ou das festas em que esteve, do perfume novo que comprou ou do novo carro, da nova namorada ou das amigas de sempre.
Vejo-lhe não no sorriso, mas sim no olhar, que está feliz e é o que me basta.
Já não existe amor da minha parte, existe um sentimento um pouco diferente, não sei que nome lhe dê, no fundo vou sempre sentir algo por ele seja lá o que for. Vou estar para sempre ligada a ele, o nosso para sempre é apenas diferente daquele combinado.